Após repercussão Lula vai até a tribo dos Yanomami

 

Após repercussão Lula vai até a tribo dos Yanomami

A crise sanitária já está atingindo a maior reserva brasileira


Neste sábado dia 21 de janeiro, o
presidente recém-eleito Luís Inácio Lula da Silva viajou até Roraima para verificar de perto a situação dos Yanomami ele informou que vai levar transporte e atendimento médico aos indígenas Yanomami e pôr fim ao garimpo ilegal.

Um dia antes da visita a tribo ele publicou no Tweet:

“Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. Amanhã viajarei ao Estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami.”

Durante o seu trajeto ele visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona Rural de Boa Vista (RR). O Ministério da Saúde estima que cerca de 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região. Segundo o presidente - As condições em que a tribo está vivendo chega a ser desumana.

Entre as medidas anunciadas pelo presidente, estão: a melhoria no transporte oferecido será a primeira medida a ser tomada, montar um plantão médico nas aldeias e acabar com o garimpo ilegal.

Ele também completou dizendo que o garimpo ilegal é uma tarefa muito difícil de erradicar.

No primeiro ano da pandemia (2020), o garimpo ilegal avançou cerca de 30% na Terra Yanomami. Segundo relatório produzido pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) e Associação Wanasseduume Ye’kwana (Seduume), a área total devastada pelo garimpo é de 2.400 hectares.

Entenda a crise sanitária

A tribo dos Yanomami conta com mais de 370 aldeias e aproximadamente 10 milhões de hectares, ocupados em Roraima, Amazonas e Venezuela. No total, 28 mil indígenas vivem isolados e em locais de difícil acesso. Mesmo assim a atividade de garimpo na região é muito intensa e a estimativa é de que existam 30 mil garimpeiros na região.

Em Novembro de 2022, a Policia Federal (PF)e o Ministério Público Federal (MPF), iniciaram uma operação chamada Yoasi, contra a fraude na compra de remédios destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), em Boa Vista.

Após as investigações foi descoberto que dois coordenadores de suas respectivas gestões firmaram o contrato para compra de medicamentos com uma empresa para o fornecimento de 90 tipos de medicamentos. Entretanto, a companhia entregou menos de 30% do previsto.

A tribo vem sendo afetada com malária, desnutrição e verminoses. E uma das causas também é a má gestão que fez com que faltassem remédios essências para prevenção e tratamento de doenças que acometem a região.

 

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